Só...

Sinto-me tão só... tão desorientada nesta vida que começa a não ter sentido. Deveria ser o contrário....
Estou perdida, sozinha, no meio de um mar imenso. Estico a mão sem retorno. Ninguém a segura. Uns olham-na, olham-me, simulam ajuda... e viram-me as costas e nem uma última vez me olham. Apenas riem.... E vejo, de soslaio, o seu riso gozado do meu mal.

Estou num mundo a que não pertenço. Ou pertenço mas não o sinto. Não sei o que pensar, o que fazer, o que decidir. Deixo-me, por isso, levar pelas ondas e pela maré. Levem-me.... levem-me para onde queiram. Para onde achem que devo ir e até onde achem que devo chegar. E arrastai o meu corpo contra os rochedos quando achares que devo fazer algo. Dai-me esse sinal!!!! mas só quando achares que o deveis dar; quando achares que devo fazer algo. Até lá, deixai-me sem preocupações, deixai-me só, livre e triste!